Facebook censura Folha de São Paulo

Facebook passou por cima do direito a expressão do jornal paulista e não deu nem justificativa. Apagou post do jornal que exibia jovens nus e ainda suspendeu jornalista.

O Facebook apagou na manhã desta sexta-feira uma postagem feita na página oficial da Folha na rede social. O post fazia referência a uma manifestação que ocorria na Câmara Municipal de Porto Alegre promovido pelo Bloco de Luta pelo Transporte Público, grupo que reúne diversas entidades que pedem o passe livre na capital gaúcha.
 Os manifestantes, que ficaram acampados por oito dias e já deixaram a câmara, tiraram fotos sem as roupas um dia antes da desocupação e postaram na mesma rede social. Após a publicação da reportagem sobre o tema no site da Folha, uma postagem com a foto dos manifestantes e o link para a nota foi feita na página do jornal no Facebook.
A postagem foi apagada no início da manhã seguinte, e o jornalista responsável por ela teve a conta na rede social suspensa por 24 horas. Procurado pela reportagem da Folha, o Facebook informou que não comenta casos específicos e que a postagem permanecerá excluída. Mas a Folha teve a oportunidade de dar uma alfineta na rede de Mark Zuckerberg ao divulgar que o mesmo conteúdo foi postado na página do jornal no Google+, rede social concorrente do Facebook, e não foi deletado.
O fato é que a grandes da internet ficaram poderosas demais, a ponto de grandes jornais da mídia impressa dependerem desses sites que fazem papel de agregadores de notícias para atingir o seu público.
Considerando que eles estão colaborando para um monitoramento do governo norte-americano sobre os cidadãos do mundo todo, não seria o caso de se pensar em criar redes sociais, enciclopédias e serviços de buscas neutros e internacionais, visando integrar o mundo todo mas sem monopólio desse ou daquele governo ou conglomerado econômico? Já imaginou? Colocar mais um item na Declaração Universal dos Direitos Humanos?

De modo que o artigo XXII ficaria assim:

Artigo XXII

 Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.

1. Será assegurado a cada um, o direito de ter um e-mail no UniCarta e um perfil no UniMundo. Além de fazer buscas na rede mundial através do UniVenture e buscar informações gratuitas no UniPedia. 
Esses serviços seriam mantidos pela ONU, com servidores instalados em Genebra, Suíça. Além disso, haveria serviços de resolução de domínios sediados na Suíça com a supervisão de técnicos de todos os países-membros. Caso algum país requisitasse olhar os dados de indivíduos ou censurar algum material em particular, deveria ser autorizado agilmente por uma corte internacional caso fosse considerado razoável.

Essas medidas não impediriam espionagens nem impossibilitaria a censura. Mas seria uma medida disciplinadora da web que evitaria ataques à soberania dos países.

Com informações de Folha.